M. Daedalus - POESIA / POETRY
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Macau 1599

Sete castelos flutuam no alto dos mastros
Velas latinas rimam com o Rio das Pérolas
O som do cravo ecoa nas ruas empedradas

Memórias de piratas do estreito de Malaca afogam-se em vinho de arroz
Camaradas perdidos na Manchuria tornam-se poemas
Promessas para uma amante Goesa fluem para o papel

Rostos barbudos anseiam pelos galeões de Hiroshima
Narizes longos mergulham em velhas cartas de Lisboa
Dedos calejados desenham monstros nos cantos mais remotos dos mapas

Velhotes lançam dados em docas fedorentas
Repletas com os rumores do império
Enquanto juncos transportam segredos para a outra margem

Confúcio jaze na mesa de uma prostituta
Enquanto ela cozinha com especiarias de Java
Uma refeição para um clérigo da universidade

Olhos de azeitona fundem-se em olhos de amêndoa
Canções Ibéricas ganham sotaques Cantoneses
A Europa desabrocha em Ásia
 

M.Daedalus
 

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