luz fraudulenta
Tempo cretino, compulsivamente fluindo
Espaço egoísta, dolorosamente separando
Luz fraudulenta, sinistramente ocultando
Energia mórbida, cronicamente alienando
Heróis trémulos entoam canções
de guerra
Insectos fingem ser águias
Ensaiando discursos sobre a arte da banalidade
Protagonistas numa mitologia barata
As suas armas mantêm-os enamorados
Dínamos de pesadelos purpura
Alardeando a elegância dos esqualos
Arrogância de triunfos e glórias passadas
Dogma divinamente disfarçado
O desespero aguarda um futuro grandioso
A felicidade tenta o suicídio e falha
Só a compaixão proporciona a morte
Um cinismo poético reina
Perjúrio refinado em arte
O intuito dissipa-se, lavado em indiferença
Um suspiro por anarquia, vinda da ordem.
M.Daedalus |